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No Oceano das nossas Promessas – Resenha Completa (com spoilers) | Brenda Gomes

  Autor: Brenda Gomes | Gênero: Romance Nacional, Second Chance, Slow Burn, Comédia Romântica


Navegando nas Ondas de Promessas Quebradas

Se você curte um romance nacional cheio de emoção, segredos, segundas chances e aquele clima gostoso de cidade litorânea, No Oceano das Nossas Promessas, da Brenda Gomes, é livro certo pra sua próxima leitura. Essa história é o segundo volume da duologia Oceanos — ou seja, a trama é dividida em dois livros, e vale muito a pena começar pelo primeiro, No Oceano das Nossas Memórias, pra entender tudo e sentir toda a profundidade dos personagens e suas histórias.

Ah, e só pra esclarecer, essa Brenda Gomes aqui é a autora super talentosa que escreve vários romances nacionais, como Maus Hábitos e Dançando em Ruínas — não é a professora da UNICAMP nem a influenciadora mexicana, ok?

A Correnteza da História

Gwen (ou Gwendolyn Nolan, pra quem gosta de formalidades) é uma redatora super dedicada, mas que está naquela luta para conseguir uma vida melhor e um emprego mais legal. Ela mora com a amiga médica Cassidy e, de repente, a vida dela vira do avesso com o reaparecimento do irmão David, que estava desaparecido depois de um naufrágio — imagina a confusão emocional!

E aí entra Trent Foster, um jornalista renomado do The New York Times que quer uma entrevista exclusiva com o David. Mas calma que tem babado: Trent é o cara que abandonou Gwen cinco anos atrás, fazendo ela ir parar na prisão. Com tanta mágoa, o que fazer? Eles fazem um acordo meio “jogo de ganha-ganha” — Trent consegue a entrevista e Gwen ganha uma oportunidade de emprego.

Claro que essa convivência forçada gera muitos momentos de tensão, ressentimento e aquela química que vai esquentando devagarzinho — aquele slow burn que a gente adora.

O livro é uma mistura deliciosa de romance com second chance (segunda chance), comédia romântica (porque rola umas situações engraçadas no meio da tensão toda), e um mocinho bonzinho tentando consertar o que quebrou.

E mais: a história não é só sobre eles dois. Tem também toda a trama da família Nolan, cheia de segredos, perdas e promessas não cumpridas, que dão uma profundidade extra à narrativa.

“O mar me lembra de promessas que eu achei que o tempo tivesse levado. Só que algumas promessas ficam, e doem.”

Quem é Quem na História — A Evolução dos Personagens

Gwendolyn (Gwen) Nolan

  • Início: Sonhadora e na luta — Gwen é aquela pessoa batalhadora, com talento e vontade de mudar de vida, mas cheia de feridas do passado. Ela ainda tenta superar a dor do irmão desaparecido e o abandono de Trent.
  • Ruptura e resistência — Depois de tudo que passou, ela levanta defesas emocionais, fica desconfiada e tenta proteger seu coração.
  • Reencontro e conflito — Quando Trent reaparece, tudo fica mais difícil: a mistura de mágoa, desejo e medo fazem ela oscilar entre abrir o coração e se fechar ainda mais.
  • Aceitação e decisão — No final, Gwen encontra um equilíbrio, aprende a perdoar e faz escolhas maduras para seu futuro — com o coração (um pouco) mais leve.

Trent Foster

  • Primeiro impacto: Charme e culpa — Trent é aquele cara que causa faísca, mas que carrega um peso enorme de culpa pelo que fez com Gwen. Ele não é “bad boy”, é o mocinho que errou e quer consertar.
  • Conflito e revelações — Aos poucos, o leitor vê suas camadas: atitudes, motivos, inseguranças. Nada é preto no branco.
  • Entrega e mudança — Trent começa a assumir responsabilidades e tenta provar que aprendeu com os erros.
  • Decisão final — Ele precisa escolher entre crescer junto com Gwen ou deixar o passado falar mais alto.

“Voltamos como dois sobreviventes de tempestades diferentes — e agora precisamos aprender a não afundar juntos.”

Amor que Resiste à Maré

O romance entre Gwen e Trent é aquele teste de fogo: apesar das feridas, traições e mágoas, o amor deles resiste firme. A história mostra como confiar de novo e lutar por um relacionamento é possível, mesmo quando tudo parece perdido. O legal é que o drama não fica só entre eles dois: a relação de Gwen com a mãe, o trauma do irmão e até a ajuda da detetive Breeze (de outro livro da Brenda) entram na trama, mostrando que às vezes o amor só sobrevive quando a gente cura as feridas de dentro e resolve os problemas da família também.

Estilo e Ritmo: Navegando na Escrita da Brenda

A escrita da Brenda é super fluida, fácil de entrar na história e sentir junto cada emoção dos personagens. Tem gente que achou a leitura rápida demais e que a Gwen se abriu pro Trent meio correndo, mas tem também quem curtiu o ritmo dinâmico, cheio de reviravoltas. Isso mostra que o livro consegue equilibrar a tensão do slow burn com uma trama cheia de ação e revelações — às vezes pode parecer que as emoções avançam rápido, mas a história em si não deixa o leitor entediado.

Como o livro é o segundo da duologia, tem trechos que repetem eventos do primeiro livro, mas dessa vez do ponto de vista da Gwen — alguns leitores curtiram porque ajuda a entender melhor, outros acharam meio repetitivo.

A Voz dos Leitores: Opiniões que ecoam no oceano

No Skoob, o livro tem boas avaliações, com leitores elogiando como ele amarra as pontas soltas do primeiro volume e surpreende com reviravoltas — tipo aquelas que a gente não vê chegando e que dão aquele “UAU”! O romance entre Gwen e Trent é considerado forte e emocionante, e os personagens são vistos como reais, especialmente por conta da profundidade da Gwen, que sofre mas é muito forte, e do Trent, que não é o bad boy que a gente pensa no começo, mas um cara tentando se redimir.

Por outro lado, teve quem sentiu que o livro correu demais em alguns momentos, principalmente quando a Gwen perdoou o Trent rápido demais ou quando certas partes da história da mãe ficaram meio vagas. Mas no geral, a galera amou o mergulho no oceano das promessas e segredos da família Nolan.

Pra quem é esse livro?

Se você tem mais de 16 anos e curte histórias com segundas chances, dramas familiares, e aquele clima gostoso de mar e praia, No Oceano das Nossas Promessas é pra você.

E aí, já mergulhou nessa leitura?

Conta pra gente nos comentários: qual momento da Gwen te fez sofrer mais? E você acredita que o amor pode mesmo resistir às tempestades do passado?

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Resenha | Dançando em Ruínas: O Ex-soldado e a Bailarina, de Brenda Gomes

  Em Dançando em Ruínas, Brenda Gomes nos entrega um romance profundo e delicado sobre dois seres marcados pela vida, tentando encontrar cura nas pequenas brechas do cotidiano. É uma história que começa em silêncio — um silêncio cheio de dor, segredos e traumas — e vai ganhando som, movimento e cor à medida que os personagens se permitem existir um no mundo do outro.



🌪 O encontro entre o caos e a delicadeza

Christopher Ford, ex-fuzileiro naval dos Estados Unidos, retorna da guerra como um homem fraturado. Sua vida é marcada por episódios de estresse pós-traumático (TEPT), surtos de raiva, culpa e isolamento. A residência Ford — uma mansão sombria onde ele se tranca com seus fantasmas — torna-se uma metáfora do próprio estado emocional de Chris: imponente por fora, desmoronada por dentro.

Do outro lado, temos Eliza Fitz. Ex-bailarina, mãe solteira, órfã recente da avó que era seu único apoio emocional. Diante de dívidas e da responsabilidade de cuidar da pequena Aelin, sua filha de cinco anos, Eliza é forçada a decisões duras para sobreviver. Seu corpo, outrora moldado para a arte e a graça, agora carrega o peso da exaustão e do julgamento social.

O encontro entre os dois acontece de maneira inesperada — e estranha. Chris precisa simular um atendimento psicológico para evitar uma internação compulsória, e Eliza, por conta de uma dívida com a amiga que a acolheu, se vê envolvida nessa encenação. Dias depois, ele a contrata como diarista em sua casa. O acordo é simples: ela cuida da casa, cuida do silêncio e não faz perguntas.

💬 A convivência: um palco silencioso de reconstrução

O que começa como um vínculo estritamente funcional se transforma, pouco a pouco, em algo mais humano. Brenda Gomes constrói com precisão e paciência o crescimento dessa relação. Chris é rígido, metódico e assombrado pelos próprios impulsos. Eliza é cautelosa, atenta e resistente. Os dois circulam um pelo outro com a delicadeza de quem carrega cacos de vidro no bolso.

A partir do cotidiano — o cheiro do café, o som do aspirador, as roupas passadas, os olhos que se desviam e depois se encontram — nasce um tipo de intimidade que não depende de toque, mas de presença. A autora não apressa nada. Ela permite que a convivência traga à tona memórias, medos, vergonhas, e que a confiança surja do respeito mútuo.

A presença de Aelin adiciona leveza e doçura à trama. A menina quebra barreiras que o adulto não consegue, invade a casa com sua risada infantil, suas perguntas inocentes, e desarma Chris com a naturalidade de quem ainda não aprendeu a temer o mundo. Ela também revela novas camadas de Eliza — a mãe firme, a mulher amorosa, a bailarina adormecida que ainda habita seus gestos.

🩰 O romance: mais que amor, é sobrevivência

Ao longo do livro, o que se desenvolve entre Chris e Eliza vai além de uma atração física ou emocional. É uma ligação construída na partilha da dor, no respeito às fragilidades do outro, e na coragem de permanecer. A autora trabalha o romance como um processo de reconhecimento: reconhecer no outro um espelho de sua própria luta. Não há idealizações, apenas duas pessoas danificadas tentando existir — e, quem sabe, viver um pouco mais.

O título não poderia ser mais simbólico: Dançando em Ruínas fala da beleza que ainda pode florescer em meio aos destroços. A dança, que moldou Eliza por dentro, mesmo que esquecida, ainda guia seus movimentos, seu modo de estar no mundo. Chris, por sua vez, vai aos poucos permitindo-se sentir. Não há um momento exato em que o amor acontece — ele se insinua, se instala, se firma — como tudo no livro: aos poucos, com dor, com beleza.

🖋 Escrita e ambientação

Brenda Gomes tem uma escrita sensível e imersiva. A narrativa é em terceira pessoa, mas permite mergulhos profundos na mente e nas emoções dos protagonistas. O ritmo é propositalmente contido — não lento, mas cuidadoso. O foco está nos detalhes: o barulho dos passos no piso de madeira, o cheiro das lembranças, a tensão de uma mão que quase toca outra.

O cenário, majoritariamente contido na Residência Ford, funciona como um personagem: uma casa marcada por sombras, que pouco a pouco vai sendo preenchida com luz, risos, movimento — até mesmo dança. Os ambientes internos reforçam a introspecção da narrativa, mas não a tornam claustrofóbica. Ao contrário, intensificam a intimidade do que se constrói ali dentro.

🎯 Temas tratados

  • Transtorno de estresse pós-traumático (TEPT)
  • Maternidade solo e vulnerabilidade feminina
  • Superação e reconstrução emocional
  • A força da arte como memória e linguagem
  • Relacionamentos como espaço de cura, não de salvação

✨ Conclusão

Dançando em Ruínas é um romance sobre silêncio, dor e esperança. Sobre encontros que não salvam, mas sustentam. Sobre amor que respeita limites. Sobre corpos que aprenderam a se defender e, aos poucos, reaprendem a se entregar. É uma história que toca fundo — porque fala de coisas que não são ditas, mas sentidas.

Brenda Gomes entrega, aqui, um romance maduro e tocante, daqueles que permanecem ecoando por dias na mente e no peito do leitor.


Classificação:⭐⭐⭐⭐⭐  (5/5)